Rito de Matrimônio sem Missa


RITOS INICIAIS

1. À hora marcada, o sacerdote de alva ou sobrepeliz e estola branca ou festiva, ou, se desejar, pluvial (ou dalmática para o diácono) da mesma cor, dirige-se com os ajudantes para o lugar preparado para os noivos.
2. Quando os noivos chegarem ao seu lugar, o ministro os acolhe e cordialmente os saúda, mostrando que a Igreja participa da sua alegria.
3. Em seguida, o ministro se aproxima do altar, que saúda com um profunda inclinação, e dirige-se à sua cadeira.
4. Toda a assembléia, de pé, faz o sinal da cruz, enquanto o sacerdote diz:

Pres: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Ass: Amém.
O sacerdote, voltado para o povo e abrindo os braços, saúda-o com uma das seguintes fórmulas:
a)
Pres: A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!
b)
Pres: A graça e a paz de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo, nosso Senhor, estejam convosco!
Ass: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

5. O ministro fará uma breve alocução as noivos e aos presentes, predispondo-os à celebração do Matrimônio, com estar ou outras palavras:
Pres: N. e N.,
A Igreja participa da vossa alegria e vos recebe de coração, assim como a vossos pais, parentes e amigos, neste dia em que, diante de Deus, nosso Pai, ireis firmar entre vós uma aliança para toda a vida. Que o senhor vos ouça neste dia de tanta felicidade, e vos mande o auxílio celeste, e assim vos conserve por muito tempo, e vos conceda muitas graças, segundo o vosso coração, e vos realize todas as vossas aspirações.
6. O ministro, de mãos estendidas, reza esta oração:
Atendei, ó Deus, as nossas súplicas e derramais as vossas bênçãos sobre N. e N., para que, unindo-se em Matrimônio diante do vosso altar, sejam confirmados na caridade. 
Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

7. Segue-se a Liturgia da Palavra, como de costume.

PRIMEIRA LEITURA
8. O leitor dirige-se ao ambão para a Primeira Leitura, que todos ouvem sentados.
Leitor: Leitura do Livro do Eclesiástico.

Feliz o marido que tem uma boa esposa: o número de seus dias será duplicado. A mulher virtuosa é a alegria do marido, que passará em paz os anos de sua vida. Uma boa esposa é uma herança excelente, reservada aos que temem o Senhor. Rico ou pobre, seu marido tem alegria no coração, e em qualquer circunstância mostra um rosto prazenteiro. A graça da mulher é a delícia do marido e seu senso prático lhe revigora os ossos. Mulher amiga do silêncio é dom do Senhor e nada é comparável à alma bem educada. Mulher pudica é graça primorosa, e não há medida que determine o valor da alma casta. Como o sol que se levanta nas alturas do Senhor, assim o encanto da boa esposa, na casa ordenada. 
Ao final acrescenta:
Leitor: Palavra do Senhor!
Todos aclamam:
Ass: Graças a Deus.

SALMO RESPONSORIAL
9. O salmista ou o cantor recita o salmo, e o povo o estribilho.

Felizes os que temem o Senhor.

Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! 
Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!

A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; 
os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.

Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. 
O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.

SEGUNDA LEITURA
10. Se houver Segunda Leitura, o leitor a fará no ambão, como acima.

Leitor: Leitura da Certa de São Paulo aos Efésios.

Irmãos: Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós. Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. Ele quis assim torná-la santa, purificando-a com o banho da água unida à palavra. Ele quis apresentá-la a si mesmo esplêndida, sem mancha nem ruga, nem defeito algum, mas santa e irrepreensível. Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo. Aquele que ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Ninguém jamais odiou a sua própria carne. Ao contrário, alimenta-a e cerca-a de cuidados, como o Cristo faz com a sua Igreja; e nós somos membros do seu corpo! Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne. Este mistério é grande, e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja.
Ao final acrescenta:
Leitor: Palavra do Senhor!
Todos aclamam:
Ass: Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
11. Segue-se o Aleluia ou outro canto.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Na quaresma: Louvor a vós, ó Cristo, rei da eterna glória.
Todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.

12. Enquanto isso, o sacerdote, se usar incenso, coloca-o no turíbulo. O diácono que vai proclamar o Evangelho, inclinando-se diante do sacerdote, pede a bênção em voz baixa:
Diác: Dá-me a tua bênção.
O sacerdote diz em voz baixa:
Pres: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono responde:
Diác: Amém.
Se não houver diácono, o sacerdote, inclinado diante do altar, reza em silêncio;
Pres: Ó Deus todo-poderoso, purificai-me o coração e os lábios, para que eu anuncie dignamente o vosso Santo Evangelho.

EVANGELHO
13. O diácono ou o sacerdote dirige-se ao ambão, acompanhado, se for oportuno, pelos ministros com o incenso e as velas, e diz:
Diác ou Sac: O Senhor esteja convosco!
Ass: E com o teu espírito.
O diácono, ou o sacerdote, fazendo o sinal da cruz no livro e, depois, na fronte, na boca e no peito, diz:
Diác ou Sac: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo São Marcos.
Ass: Glória a vós, Senhor!

Então o diácono ou o sacerdote, se for oportuno, incensa o livro e proclama o Evangelho.
Diác ou Sac: Naquele tempo, disse Jesus: Desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!
14. Terminado o Evangelho, o diácono ou o sacerdote diz:
Diác ou Sac: Palavra da Salvação!
O povo aclama:
Ass: Glória a vós, Senhor!

15. Após a leitura do Evangelho, o ministro exponha, partindo do texto sagrado, o mistério do Matrimônio cristão, a dignidade do amor conjugal, a graça do sacramento e os deveres do casal, levando sempre em conta a situação das pessoas.

RITO SACRAMENTAL DO MATRIMÔNIO

16. Celebrando-se dois ou mais Matrimônios, tanto as perguntas antes do consentimento como o próprio consentimento e sua aceitação pelo ministro, sejam feitos sucessivamente a cada casal; o restante, porém, incluindo a própria bênção nupcial, seja feito uma só vez para todos, usando-se o plural.
17. Em seguida, estando todos de pé, e tendo se colocado as testemunhas em lugar adequado, o ministro se dirige aos noivos com estas ou outras palavras semelhantes:

Pres: Caros noivos, N. e N., viestes a esta igreja, para que, na presença do sacerdote (do assistente) e da comunidade cristã, a vossa decisão de contrair o Matrimônio seja marcada por Cristo com um sinal sagrado. Cristo abençoa com generosidade o vosso amor conjugal. Já nos tendo consagrado pelo batismo, vai enriquecer e fortalecer-vos agora com o sacramento do Matrimônio, para que sejais fiéis um ao outro por toda a vida e possais assumir todos os deveres do Matrimônio.

DIÁLOGO ANTES DO CONSENTIMENTO
18. O ministro interroga-os quanto à liberdade, à fidelidade e à aceitação e educação dos filhos.

Pres: 
N. N., viestes aqui para unir-vos em Matrimônio. Por isso, eu vos pergunto perante a Igreja: é de livre e espontânea vontade que o fazeis?
Noivos: Sim!

Pres: Abraçando o Matrimônio, ides prometer amor e fidelidade um ao outro. É por toda a vida que o prometeis?
Noivos: Sim!

A seguinte pergunta pode ser omitida, se as circunstâncias, como a idade avançada dos noivos, o aconselharem.

Pres: Estais dispostos a receber com amor os filhos que Deus vos confiar, educando-os na lei de Cristo e da Igreja?
Noivos: Sim!


CONSENTIMENTO
19. O ministro convida os noivos a manifestar seu consentimento:

Pres: 
Para manifestar o vosso consentimento em selar a sagrada aliança do Matrimônio, diante de Deus e de sua Igreja, aqui reunida, dai um ao outro a mão direita.
Os noivos unem as mãos um com o outro.

20. O noivo diz:
Noivo: Eu, N., te recebo, N., por minha esposa e te prometo ser fiel,
amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza,
na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

A noiva diz:
Noiva: Eu, N., te recebo, N., por meu esposo e te prometo ser fiel,
amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza,
na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

ACEITAÇÃO DO CONSENTIMENTO

21. Em seguida, acolhendo o consentimento, o ministro declara:
Pres: Deus confirme este compromisso que manifestastes perante a Igreja e derrame sobre vós as suas bênçãos! Ninguém separe o que Deus uniu!
Ou:
O Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó, o Deus que abençoou os nossos primeiros pais no paraíso, abençoe em Cristo este compromisso que manifestastes perante a Igreja. Ninguém separe o que Deus uniu!

22. O ministro convida os presentes para o louvor a Deus:
Pres: Bendigamos ao Senhor!
Ass: Graças a Deus.
Pode ser usada outra fórmula de aclamação.

BÊNÇÃO E ENTREGA DAS ALIANÇAS

23. Quem preside diz:
Pres: Deus abençoe estas alianças que ides entregar um ao outro em sinal de amor e fidelidade.
Ass: Amém.
Então, se for oportuno, quem preside asperge e entrega as alianças aos esposos.

24. O esposo coloca a aliança no dedo anular da esposa, podendo dizer:
Esposo: N., recebe esta aliança em sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

A esposa coloca a aliança no dedo anular do esposo, podendo dizer:
Esposa: N., recebe esta aliança em sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

25. Toda a comunidade pode cantar um hino ou canto de louvor.

BÊNÇÃO NUPCIAL

26. Os esposos se ajoelham.
Quem preside, de mãos postas, diz:
Pres: Caros fiéis, roguemos a Deus que derrame suas bênçãos sobre N. N. Que ele ajude bondosamente com seu auxílio aos que enriqueceu com o sacramento do Matrimônio.
E todos rezam algum tempo em silêncio.

27. Em seguida, o ministro, voltado para o casal, de braços abertos, profere sobre eles a oração que segue.
Ó Deus, vós unis a mulher ao marido e dais a esta união estabelecida desde o início a única bênção que não foi abolida, nem pelo castigo do pecado original, nem pela condenação do dilúvio. Volvei o vosso olhar de bondade sobre estes vossos filhos, que, unidos pelo vínculo do Matrimônio esperam ser fortalecidos pela vossa bênção: enviai sobre eles a graça do Espírito Santo, para que impregnados da vossa caridade, permaneçam fiéis na aliança conjugal. O amor e a paz permaneçam no coração da vossa filha N.; e ela busque o exemplo das santas mulheres, exaltadas com louvores nas Sagradas Escrituras. Nela confie o seu marido; e saiba honrá-la com a devida estima, reconhecendo-a companheira e co-herdeira da vida divina, e amando-a com aquele amor com que Cristo amou a sua Igreja. Nós vos pedimos, ó Pai, que estes vossos filhos permaneçam firmes na fé e amem os vossos mandamentos; que se conservem fiéis um ao outro e sejam para todos um exemplo. Animados pela força do Evangelho, sejam entre todos verdadeiras testemunhas de Cristo. Enfim, após uma vida longa e feliz, alcancem o reino do céu e o convívio dos santos. 
Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.

SAGRADA COMUNHÃO

108. Se a sagrada Comunhão for distribuída dentro do rito, terminada a bênção nupcial, o ministro vai ao sacrário, traz a âmbula, coloca-a sobre o altar e faz a genuflexão.

109. Introduz, então a oração do Pai-nosso com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres: Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor nos ensinou...
Ass: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

110. Em seguida, se for oportuno, o diácono ou o sacerdote acrescenta estas palavras ou outras semelhantes:
Diác: Irmãos e irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus!
E todos, segundo o costume do lugar, manifestam uns aos outros a paz e a caridade; o sacerdote saúda o diácono ou o ministro.

111. Terminada a saudação da paz, quem preside faz a genuflexão, toma a hóstia sobre a âmbula, eleve-a um pouco e diz:
Pres: Felizes os convidados para a Ceia do Senhor. 
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Os que vão comungar: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.

112. Quem preside aproxima-se dos que vão comungar e, mostrando a hóstia um pouco elevada, diz a cada um:
O Corpo de Cristo.
O que vai comungar responde:
Amém.
E comunga o Corpo de Cristo.

113. Durante a Comunhão pode-se entoar um canto apropriado, se for oportuno.

114. Distribuída a Comunhão, pode-se guardar silêncio por algum tempo, se for oportuno, ou entoar um salmo ou um canto de louvor.

115. Depois, o ministro reza esta oração.
Oremos...
Tendo participado da vossa mesa, nós vos pedimos, ó Deus, que N. N., unidos em Matrimônio, sempre vos sigam e anunciem a todos o vosso nome.
Por Cristo, nosso Senhor.
Ass: Amém.

CONCLUSÃO DA CELEBRAÇÃO

Segue-se o rito de despedida. O sacerdote abrindo os braços, saúda o povo:
Pres: O Senhor esteja convosco!
O povo responde:
Ass: E com o teu espírito.

E estendendo os braços diz:
Pres: Que Deus, vosso Pai, vos conserve no vosso amor, para que a paz de Cristo habite em vós e permanece sempre na vossa casa!
Ass: Amém.

Pres: Que Deus vos dê a bênção dos filhos, o apoio dos amigos e a paz com todos!
Ass: Amém.

Pres: Sede no mundo um sinal do amor de Deus, abri vossa porta aos pobres e infelizes, que um dia vos receberão, agradecidos, na casa do Pai!
Ass: Amém.

O sacerdote abençoa o povo, dizendo:
Pres: E a todos vós, aqui reunidos, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo.
Ass: Amém.

143. Depois, o diácono ou o próprio sacerdote diz ao povo, unindo as mãos:
Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe!
O povo responde:
Ass: Graças a Deus.